Perguntas?



Dar a partida com starter elétrico prejudica o motor com bucha?

Os motores com buchas de bronze para suportar o virabrequim têm menos potência do que aqueles com rolamentos e de mesma cilindrada, mas têm a vantagem de serem mais baratos. Na prática, a diferênça de potência pode até ser considerada desprezível em se tratando de um motor para iniciantes, com a simples tarefa de propulsar um treinadorzinho leve e manso. Ademais, um motor com bucha bem cuidado pode durar mais do que um motor "roletado". Afinal, são menos peças para desgastar ou quebrar. Mas há um porém que deve ser lembrado justamente para assegurar a longevidade desse tipo de motor, sobretudo no caso do excelente O.S. 40/46 LA: eles não podem ser submetidos a freqüentes partidas com starter elétrico. Explico: A tampa traseira do bloco tem meramente a função de vedar o cárter e, adicionalmente no caso dos O.S. 40/46 LA, servir de apoio para o suporte da agulha de alta rotação do carburador. Por isso, podem perfeitamente ser feitas de plástico. Entretanto, a bucha de bronze é projetada para suportar carga radial do eixo do virabrequim. Como essa bucha se prolonga um pouco para trás, ela também suporta uma pequena carga axial, aquela provocada pela tração da hélice. Como as tolerâncias dimensionais desses motores são um pouco "frouxas", existe um certo jogo no eixo para permitir que o óleo "escorra" ao longo de todo o seu comprimento e lubrifique também a parte dianteira da bucha. Pois bem, se esse tipo de motor, com essas folgas (que não são defeitos, mas de projeto), for submetido a freqüentes partidas com starter elétrico, haverá desgaste prematuro da face dianteira da bucha e aumento das folgas axiais do eixo (folgas radiais são causadas basicamente por hélices desbalanceadas e/ou combustível com pouco óleo). Se a folga axial aumentar muito, o pino da biela fatalmente rapará contra a tampa traseira. Sendo essa tampa de plástico, o desgaste será muito mais rápido do que em um motor com tampa de alumínio. Notem que, de qualquer modo haverá desgaste, independentemente do material empregado na tampa. Portanto, é recomendável que se dê a partida manualmente nesses motores. Por segurança, use um bastão de borracha ("chicken stick") ou mesmo o cabo de uma chave de fenda. Não use jamais os dedos! Se o fizer, mais dia, menos dia, você poderá ter um deles decepado pela hélice! Um motor bem cuidado, que funcione com combustível de boa qualidade e óleo lubrificante na proporção recomendada pelo fabricante, uma vez bem regulado "pega" fácil manualmente.

O que é flap?

Flap é o conjunto de superfícies móveis posicionado no bordo de fuga da asa para proporcionar maior sustentação em baixas velocidades. Ao se baixar o flap, muda-se o "perfil de aerofólio" da asa.

Exceto pela possibilidade de expansão de funções, há alguma outra aplicação para os canais excedentes?

Atualmente, um rádio básico tem quatro (avião) ou seis (helicóptero) canais. Os canais excedentes nos sistemas para helicópteros servem para mixar funções (por exemplo, o acelerador e o passo das pás do rotor principal) ou acionar certos comandos específicos. No caso dos aviões, o 5º e o 6º canais podem ser usados para acionar flaps, trem de pouso retrátil ou outros dispositivos (por exemplo, abrir um compartimento para lançar "bombas"). A mixagem de funções (flaperon = flap + ailerons; elevon = profundor + aileron etc) é feita pelo computador do rádio. Para um iniciante, um rádio de quatro canais é o ideal (leme, profundor, ailerons e acelerador do motor).

Do que se compõe um conjunto completo para sair voando com um ARF?

Além do kit do avião, você deve comprar o motor, um ou dois pares de hélices, algumas ferramentas, um "acendedor" de vela para a partida ("ni-start"), um sistema de radiocontrole de pelo menos quatro canais, uma caixa de campo para carregar as tralhas para a pista e, é claro, um garrafão de combustível.

Até que ponto um ARF vem montado? O que falta para que fique completamente montado?

Os ARFs costumam vir da fábrica com a fuselagem totalmente pronta, bastando colar as peças do "grupo de cauda" (estabilizador horizontal e leme). A asa costuma vir em dois painéis que devem ser juntados. A parte mais "complexa" é a instalação do sistema de radiocontrole, que exige um pouco de paciência e MUITA atenção. Quanto ao motor, basta fixá-lo com os parafusos que vêm no kit. Em um fim de semana você monta um treinador ARF clássico.

Quanto a potência dos motores, por que a maior parte dos modelos treinadores são para motores .40, alguns poucos .60 e quase nenhum para .25?

De fato, os modelos para motores .40 são maioria. Talvez por apresentarem a melhor relação custo/benefício: eles têm baixo custo e voam bem, enquanto os treinadores para motores .60 são obviamente mais caros (além de ser mais caro o próprio motor). Quanto à raridade dos